História

O Município de GUARABIRA, localizado no Estado da Paraíba, tem seu nome, segundo os relatos históricos, de origem tupi, onde significa “morada das garças”. Hoje, é uma das cidades mais populosas do estado.
A sede do município está situada a 98Km da capital paraibana, João Pessoa, e a cerca de 100Km da cidade de Campina Grande, a maior cidade do interior paraibano; também situa-se a cerca de 198Km da cidade de Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte; e a menos de 250Km do Recife, a capital de Pernambuco.
É chamada de “Rainha do Brejo” pelo fato de ser a principal cidade-polo de uma região que compreende o Piemonte da Borborema e Início da Serra da Borborema, nas antigas denominações de Microrregiões de Guarabira e Brejo Paraibano, região esta caracterizada pelas regularidades de chuva.
O "Brejo Paraibano", antes do novo quadro definido pelo IBGE por regiões intermediárias e imediatas, era conhecido pela união das cidades inseridas na microrregião de Guarabira e na microrregião do Brejo Paraibano, que, juntamente com as regiões do Curimataú ocidental e oriental, Esperança, Campina Grande, Itabaiana e Umbuzeiro, faziam parte da Mesorregião do Agreste Paraibano.
Hoje, o BREJO PARAIBANO é definido pelo Ministério do Turismo e do Desenvolvimento Regional como o conjunto de 20 (vinte) municípios formados desde o início do Piemonte da Borborema, a exemplo de Guarabira, onde as temperaturas oscilam entre quente e seco no verão e úmido no inverno, como também cidades serranas, de maiores altitudes, a exemplo de Areia, onde chegam a registrar baixas temperaturas durante o inverno, incomum a região do nordeste brasileiro.

Fundação e Emancipação do município
A fundação do povoado de Guarabira vem do ano de 1694, em terras do Engenho Morgado, pertencente a Duarte Gomes da Silveira. Em 1º de Novembro de 1755, com um grande terramoto que atingia Portugal, tendo apenas na capital, Lisboa, matado mais de 40.000 pessoas, destruindo vilas e povoados, um senhor, por nome de José Rodrigues Gonçalves da Costa, tomado de pânico, fugiu de Póvoa de Varzim, na província de Porto, sua terra, em direção ao Brasil.
O Sr. José Rodrigues chegava as terras do antigo Engenho Morgado com toda sua família, construindo no local uma capela, como era tradição da época, e colocando a imagem de Nossa Senhora da Luz que trouxera de Portugal, a quem tinha grande devoção, cumprindo sua promessa em chegar a terras que não houvesse terremoto para descansar sem temor.
Embora o padre João Milanez já tivera construído uma capela dedicada a “Nossa Senhora da Conceição”, em 1730, por estas terras, foi feita a substituição da imagem tendo em vista a grande comoção dos presentes pela história do “Beiriz”, como ficou conhecido no povoado.
Assim, a partir do ano de 1760 começavam as primeiras orações e novenas à Virgem da Luz, a primeira casa de oração era de taipa, mandada construir por ele onde oficializava o seu filho sacerdote, Pe. Cosme Rodrigues.
Em 1832, o povoado passou a pertencer a Vila Real do Brejo de Areia, quando em 09 de maio de 1833 foi criada à Vila de Bananeiras, da qual teve seu território integrado, vinculado à Comarca da Vila Real do Brejo de Areia. Tendo em vista o grande potencial econômico, a povoação foi crescendo e, em 27 de abril de 1837, por força da Lei Provincial nº 17, sancionada pelo Presidente da Província da Parahyba do Norte, Bazilio Quaresma Torreão, erigiu a povoação de Guarabira em Vila, com a denominação de  VILA DE INDEPENDÊNCIA e em freguesia, sob o orago de Nossa Senhora da Luz, fazendo parte que em virtude de sua localização e da excelência de seu solo tornou-se dona de grande prestigio e influência nas cercanias. Porém, ainda vinculada à Comarca da Vila Real do Brejo de Areia. 
Vinte anos depois, no dia 10 de outubro de 1857, foi criada a Comarca de Independência. Devido a questões políticas, um ano depois a nova comarca após extinta, e restaurada em 1870. Novamente extinta em 1871 e definitivamente restabelecida, a 25 de Julho desse mesmo ano.
Em 1874, tendo as terras um grande avanço comercial, foi atingida assim como muitas cidades do Nordeste Brasileiro, pela conhecida invasão dos “Quebra-quilos“, havendo grande depredações e revoltas, preocupando fortemente as autoridades provinciais da época, pois vilas inteiras do Nordeste aderiram à rebelião contra o decreto que impunha a implantação de um novo sistema métrico, com seus habitantes saqueando feiras e destruindo pesos e medidas do comércio.
Após as forças militares conseguirem pacificar a região, sem necessidade de confrontos mais sérios, algumas vilas foram erigidas para melhor administrar as cidades, e, por força da lei provincial nº 841, de 26 de novembro de 1887,  o Termo de Independência foi elevada à categoria de cidade, sendo renomeada ao seu nome de povoação conhecido como “GUARABIRA”, e, com seu comércio e sua força, até hoje é considerada uma das maiores do estado.
Em divisões territoriais datadas de 1937, o município aparece além da sede (Guarabira), com os distritos de Alagoinha, Araçagi, Cuité, Mulungú e Pirpirituba.
Pelo decreto-lei estadual nº 1164, de 15-11-1938, o distrito de Cuité passou a denominar-se Cuitegi.
Pela lei estadual nº 520, de 31-12-1943, é criado o distrito de Contendas e anexado ao município de Guarabira, sob a mesma lei o distrito de Alagoinhas passou a denominar-se Tauatuba e o distrito de Mulungú a denominar-se Camarazal.
Com o advento da lei estadual nº 318, de 07-01-1949, os distritos de Contendas passou a denominar-se Cachoeira, Tauatuba voltou a denominar-se Alagoinha e Camarazal voltou a denominar-se Mulungú.
A lei estadual nº 652, de 05-12-1951, cria o distrito de Pilõezinhos, ex-povoado, e anexado ao município de Guarabira.
Com os desmembramentos dos municípios de Pirpirituba (lei estadual nº 972, de 02-12-1953), Alagoinha (lei estadual nº 979, de 03-12-1953), em divisão territorial datada de 01/07/1955, o município fica constituído dos distritos de Araçagi, Cachoeira, Cuitegi, Mulungú e Pilõezinhos. Até que no ano de 1959 são criados os municípios de Mulungu (lei estadual nº 2074, de 29-04-1959), Araçagi (lei estadual nº 2147, de 22-07-1959), restando os distritos de Cachoeira, Cuitegi e Pilõezinhos.
Consequentemente, é criado o município de Cuitegi (lei estadual nº 2.685, de 26-12-1961).
Atualmente, existem além da cidade-sede do Município, Guarabira, os distritos de Cachoeira (lei estadual antes da CF 88) e Pirpiri (Lei Orgânica do Município/90).

Por fim, a Região Metropolitana de Guarabira, criada pela lei complementar nº 101, de 12 de julho de 2011, tem uma população total é de 193.656 habitantes.

Destaques 

A Festa da Luz, que ocorre todo mês de Janeiro, traz milhares de pessoas de outras cidades estados, com atrações de renome nacional, com artistas da terra e espaços temáticos, como o “Pilõezinhos” e o “Cuitegí”, onde os participantes ficam da tarde até a noite se divertindo e comendo pratos típicos da região.
O Turismo Guarabirense se baseia, principalmente, no turismo religioso. O Memorial Santuário de Frei Damião representa o ponto alto, que propicia à cidade um alto número de fiéis que visitam em todas as épocas, porém, principalmente nas romarias. O santuário conta com um museu sobre o Frade, e, no seu caminho, os visitantes ainda passam pela Via Sacra e pelo Cruzeiro.
O “Cruzeiro de Brennand” propicia ao turista uma vista panorâmica da cidade, além de contemplar uma bela peça de arte, em cerâmica, construída em 1966 em um dos maiores ateliês de arte do mundo, do artista plástico pernambucano, Francisco Brennand.
Destaque também para a imponente e secular Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz, sede do Bispado de Guarabira, do alto de suas escadarias, mostra-se de uma beleza ímpar sendo considerada o marco zero da cidade.
O Centro de Documentação, Museu Sacro Fernando Cunha Lima, Memorial Dom Marcelo, Casarão da Cultura, Memorial do Cordel faz o visitante aprender um pouco mais da história da cidade e apresenta um dos marcos do município no século passado, a confecção de cordel. Daqui, nasce o mais famoso escritor do gênero, José Camelo de Melo e seu romance do “Pavão Misterioso”.
Inspirado nos caminhos de Santiago de Compostela, os Caminhos de Padre Ibiapina, tentam resgatar os lugares em que o padre mestre passou durante suas peregrinações no nordeste entre 1856 e 1863. Todas as rotas partem do memorial Santuário Frei Damião até o Santuário de Padre Ibiapina, na cidade de Solânea/PB, local onde repousa os restos mortais do servo de Deus, Padre Ibiapina.

A cidade vem se destacando nos últimos anos como a “cidade naïf“, tendo pintura de artistas em suas pontes, no portal de entrada da cidade e um museu dedicado ao estilo. Geralmente se realiza o “Festival Internacional de Arte Naïf” que apresenta obras dos artistas nacionais e internacionais.

Prefeitura de Guarabira (PB)
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