A fundação da cidade de Guarabira remonta ao ano de 1694, em terras do Engenho Morgado, pertencente a Duarte Gomes da Silveira, conhecido também como "Marquês da Copaoba" que era dono de terras oriundo da sesmarias da Capitania da Paraíba.
Em seu livro, "Reminiscências de Guarabira", o Mons. Emiliano de Cristo, grande entusiasta da história local destaca a origem de sua fundação.
Conta-se que em 1º de Novembro de 1755, um grande terramoto atingia Portugal, tendo apenas na capital, Lisboa, matado mais de 40.000 pessoas, destruindo vilas e povoados. Com este cataclisma, o Senhor por nome de José Rodrigues Gonçalves da Costa, tomado de pânico, fugiu de Póvoa de Varzim, na província de Porto, sua terra, em direção ao Brasil. Chegando ao País, se estabeleceu nas terras do antigo Engenho Morgado com toda sua família, construindo no local uma capela, como era tradição da época, e colocando a imagem de Nossa Senhora da Luz que trouxera de Portugal, a quem tinha grande devoção, cumprindo sua promessa em chegar a terras que não houvesse terremoto para descansar sem temor.
Embora o padre João Milanez já tivera construído uma capela dedicada a “Nossa Senhora da Conceição”, por volta do ano de 1730, foi feita a substituição da imagem tendo em vista a grande comoção dos presentes pela história do “Beiriz”, como ficou conhecido no povoado. Assim, a partir do ano de 1760 começavam as primeiras orações e novenas à Virgem da Luz, a primeira casa de oração era de taipa, mandada construir por ele onde oficializava o seu filho sacerdote, Pe. Cosme Rodrigues.
O fato é que em 1827, o povoado pertencia à Vila de São Miguel da Bahia da Traição, cujas terras faziam limites nas povoações de Araruna, Vila Real do Brejo de Areia, Vila de Bananeiras, Vila da Cupaóba (Serra da Raiz), até o Curado de Nossa Senhora das Mercês da Serra do Cuité.
Em 1932 passou a pertencer ao território da Vila Real do Brejo de Areia, que até então era o maior distrito territorial da região até o ano de 1934 quando foi integrado ao território da recente e desmembrada vila de Bananeiras.
Em 27.04.1837 passou à condição de Vila com o nome de "Independência" e criada a Freguesia de Nossa Senhora da Luz, tendo sua instalação só veio acontecer em 11 de novembro do mesmo ano, ficando dependendo a Vila de Bananeiras. Em 10.10.1857 pela Lei Provincial nº 19 foi criada sua Comarca.
Em 1871 a vila foi extinta e definitivamente restabelecida em 25 de julho do mesmo ano.
Após lutas políticas e administrativas, a cidade foi finalmente e novamente elevada a categoria de cidade, pela Lei provincial nº 841, de 26 de novembro de 1887.
Em divisões territoriais datadas de 1937, o município aparece além da sede (Guarabira), com os distritos de Alagoinha, Araçagi, Cuité, Mulungú e Pirpirituba.
Pelo decreto-lei estadual nº 1164, de 15-11-1938, o distrito de Cuité passou a denominar-se Cuitegi.
Pela lei estadual nº 520, de 31-12-1943, o distrito de Alagoinhas passou a denominar-se Tauatuba e o distrito de Mulungú a denominar-se Camarazal.
Com o advento da lei estadual nº 318, de 07-01-1949, os distritos de Contendas passou a denominar-se Cachoeira, Tauatuba voltou a denominar-se Alagoinha e Camarazal voltou a denominar-se Mulungú.
A lei estadual nº 652, de 05-12-1951, cria o distrito de Pilõezinhos, ex-povoado, e anexado ao município de Guarabira.
Com os desmembramentos dos municípios de Pirpirituba (lei estadual nº 972, de 02-12-1953), Alagoinha (lei estadual nº 979, de 03-12-1953), em divisão territorial datada de 01/07/1955, o município fica constituído dos distritos de Araçagi, Cachoeira, Cuitegi, Mulungú e Pilõezinhos.
Até que no ano de 1959 são criados os municípios de Mulungu (lei estadual nº 2074, de 29-04-1959), Araçagi (lei estadual nº 2147, de 22-07-1959), restando os distritos de Cachoeira, Cuitegi e Pilõezinhos.
Consequentemente, é criado o município de Cuitegi (lei estadual nº 2.685, de 26-12-1961).
Atualmente, existem além da cidade-sede do Município, Guarabira, os distritos de Cachoeira (lei estadual antes da CF 88) e Pirpiri (Lei Orgânica do Município/90).
Por fim, a Região Metropolitana de Guarabira, criada pela lei complementar nº 101, de 12 de julho de 2011, tem uma população total é de 193.656 habitantes.
